Greve geral na Argentina deve paralisar voos na quinta
Uma greve geral convocada para esta quinta-feira por diversas lideranças sindicais da Argentina deve prejudicar a operação de voos nacionais e internacionais no país, informaram sindicalistas à BBC Brasil.
"Nós do setor de controle de voos e técnicos decidimos aderir à greve", disse, por telefone o sindicalista Fernando Gatica, da Associação Trabalhadores do Estado (ATE) e da Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC). Trabalhadores das duas entidades fazem parte da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA) definida pela imprensa local como "linha opositora" ao governo da presidente Cristina Kirchner.
A assessoria de imprensa da CTA, liderada pelo sindicalista Hugo Yaski, afirmou, no entanto, que alguns sindicatos ligados à entidade, como o dos professores, não vão aderir à greve desta vez."Os voos serão afetados porque os trabalhadores aeroportuários vão parar", informou, por sua vez, a assessoria de imprensa da CTA, em Buenos Aires. A expectativa, disse Gatica, é que voos internacionais "tenham atrasos ou sejam reprogramados" como ocorreu na última greve, realizada em abril deste ano.
Além da CTA, setores da Central Geral dos Trabalhadores (CGT) – também definida como "linha opositora" – suspenderão atividades durante 24 horas.
A expectativa é que maquinistas de trens, motoristas de caminhão de lixo, de carros fortes, além de bancários, funcionários do Judiciário, médicos do setor público e do setor privado e portuários não trabalhem nesta quinta.
A Associação de Futebol Argentino (AFA) decidiu, nesta terça, suspender os jogos que estavam marcados para a quinta-feira, já que os funcionários que trabalham nos estádios também informaram que vão aderir à paralisação, de acordo com a imprensa local.
Em um comunicado, a CTA informou que iniciará manifestações "durante 36 horas" a partir desta quarta, o que incluiria bloqueio de avenidas e estradas por parte dos movimentos sociais ligados a esta central sindical.
Motivos da greve
Na Argentina, os bloqueios de ruas e estradas costumam fazer parte do dia a dia da população com diversas manifestações de diferentes grupos e demandas. Para esta quinta, os líderes sindicais não têm uma bandeira única que justifique a paralisação. As demandas vão desde o combate à inflação, passando por mudanças na aplicação do imposto de renda para assalariados e medidas para a segurança pública.
"A inflação, os impostos aos assalariados e a segurança pública nos unem nesta jornada de luta", disse o presidente da CGT, o representante dos caminhoneiros Hugo Moyano.
Gatica, por sua vez, afirma que, no caso dos controladores de voo e técnicos aeroportuários, existe "uma motivação a mais", que é um projeto de lei para mudar as regras trabalhistas dessas categorias.
Procurados pela BBC Brasil, os assessores de comunicação do Ministério do Trabalho disseram que não comentariam a greve até o momento. Esta é a segunda greve convocada pelas duas centrais sindicais – CTA e CGT - este ano.
Na paralisação de abril, voos e transportes em geral foram afetados. Na ocasião, autoridades do governo destacaram que a greve era apenas dos transportes, e não geral, o que gerou criticas dos sindicalistas.
Economia
A paralisação será realizada em um ambiente de incertezas econômicas, segundo diferentes economistas.
A inflação, a queda nas reservas do Banco Central nos últimos meses, o impasse sobre o pagamento da dívida aos credores, que dura desde o dia 30 de julho, e a alta do dólar são alguns dos motivos de preocupação, segundo opositores e críticos do governo.
Nesta terça, o dólar paralelo bateu recorde sendo cotado a 14,20 pesos. "O dólar 'blue' (paralelo) superou a barreira dos 14 pesos, marca recorde histórico e acumula alta de 50% no ano. O dólar oficial se manteve nos 8,40 pesos", informou o jornal econômico El Cronista, de Buenos Aires.
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